sexta-feira, 9 de agosto de 2013

COISA DE SOCIÓLOGO

NÃO COMEÇOU de hoje, o problema já é antigo. Sempre colocam um chapéu no O. Antônio!., “o certo é assim”! retruca um ortodoxo. Tudo bem, não fugi da escola, mas alguém já me viu questionando o nome de alguém?., cada um com a sua (in)decência.

Lembro de uma reportagem sobre isso e de alguns nomes citados. Um deles era “Deus É Infinitamente Misericordioso”. Prova maior disso é a informação de que nenhum raio partiu a cabeça do pai do menino, ou seria menina? Hoje me parece que dá para mudar. O João Sete Panças mudou o dele. Logo que ficou sabendo da possibilidade correu para o cartório, renegou o João e se batizou de Benevides. Benevides Sete Panças.

No meu caso fique o dito pelo não-dito e o desafio para os (des) conhecidos de apenas escrever Antonio sem qualquer comentário ou tentativa de me dar aulas de português.

Assim como alguns advogados que acham que as leis foram talhadas pelo dedo de Deus, alguns colegas que lidam com as palavras insistem em descontextualizá-las do momento histórico que a língua como componente ideológico foi imposta como padrão, ou norma culta. Como gostam de falar os cultos.
Os arbitrários culturais são extensos e não vou, dessa vez, pelas veredas da teoria sociológica. Bourdieu e Foucault já fizeram isso muito bem. Ademais, escrever crônicas deve ser coisa despretensiosa a se fazer deitado ouvindo o TIC, TAC do relógio.

Mas já que tocamos nesse assunto de sociologia voltemos ao meu nome, Eduardo Antonio, sem acento, tal qual Antonio Candido que, por sinal, é sociólogo.