sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

MISSÃO DADA É MISSÃO QUASE CUMPRIDA



Acabo de cumprir, com algumas alterações no roteiro, parte de meu compromisso de ler os livros que tenho em minha estante. Na ocasião tinha me prontificado em ler O Vampiro de Curitiba, O Perfume, Cinco Minutos – A Viuvinha, e O Exorcista – não necessariamente nesta ordem.

Declinei do último após perceber a atmosfera opressiva nas primeiras páginas.

Também me esqueci de voltar ao post da promessa e não recordava quais eram ao certo os quatro separados para a leitura. Por isso, o livro de Dalton Trevisan ficará para a próxima rodada.

Enfim, gostaria de compartilhar a experiência de leitura que fiz.

Como tinha dito anteriormente o romance de Süskind era de certo modo conhecido, pois havia assistido ao filme.

O filme corta muitas partes importantes do livro. Obviamente que adaptações não são leituras fidedignas, mas é essencial existir uma conexão. Alguns anos depois de assistir ao filme considero que faltou esse fio condutor.

Não lembro sequer da menção ao período em que o carrapato fica na caverna. Descansando e esperando uma oportunidade.

Quanto ao livro ele é muito bom. Ao final, com a morte de Jean Baptiste, você fica com aquela sensação de que o personagem principal é daqueles seres insignificantes, talvez até indispensáveis no desenrolar da história (absurdo). Parece que isso era justamente o que o autor gostaria que acontecesse com Jean Baptiste Grenouille. Que passasse pelo mundo sem ser notado.

Após a leitura de O Perfume comecei a ler aqueles dois pequenos romances de José Alencar reunidos num único livro. Cinco Minutos conta a história de um rapaz que após se atrasar cinco minutos encontra num bonde o amor de sua vida. Podemos ver com isso quanto o Romantismo foi explorado por José de Alencar. Em seu universo literário um simples atraso decide o destino amoroso do personagem. Em A Viuvinha um sujeito que havia gastado a herança resolve se redimir e aceita uma vida espartana até saldar todas as dívidas em nome da honra do pai já falecido – antes forja sua morte. Nesse tempo todo Carolina guarda seu luto e não se envolve com nenhum rapaz. Ao final do romance A Viuvinha sabemos que Carolina conhecia Carlota do romance Cinco Minutos.

Quando comecei a leitura do terceiro livro O Exorcista percebi que o final de ano merecia algo menos complicado.

Parti, então, para a leitura do livro A morte e a morte de Quincas Berro d’água, de Jorge Amado. O livro conta a história do homem mais boêmio da Bahia. Foi dessa novela que falou Vinicius de Moraes na década de 1950. E olha que Vinícius de Moraes entendia tão bem de farra quanto Quincas.

A propósito certa vez comecei assistir esse filme. Não sei qual o motivo que não passei dos dez minutos, mas talvez ainda esse fim de semana termine o que comecei.

PS: como vocês puderam perceber não li quatro livros, mas apenas três. Isso se deve, sobretudo, ao fim do estoque de cerveja preta e de amendoim japonês nos mercados da região.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

OS LIVROS: QUE AMOR



PAREI outros afazeres da vida para dedicar um pouco de tempo aos livros de minha estante. Cerca de 300. Tudo bem que não é muita coisa, mas a surpresa mais desagradável é que li poucos desses.

- Ora, para que comprar livros se você não os lê?., disse alto para mim mesmo.

Resolvi mudar de vida e começar a ler os livros que tenho antes de qualquer outra coisa nesse mundo.

Separei primeiramente na prateleira de cima aqueles que já li. Chamei minha esposa e perguntei: Dê uma olhada nessa prateleira de livros lidos e diga qual o meu perfil de leitor?

Olhou os cerca de 60 livros e sentenciou: leu muita literatura brasileira, romances principalmente. Depois vem muitos livros sobre teologia, sociologia, enfim, mas todos tendo como pano de fundo o Brasil.

Gostei de sua observação.

Mas vamos falar, então, sobre os aproximadamente 240 livros que estão ansiosos para que eu os leia.

Comecei algumas semanas atrás a ler um deles: O Xangô de Baker Street, de Jô Soares. Antes dele tinha lido dois livros de Tolkien, O Senhor dos Anéis e O Hobbit, mas não vou contabilizá-los porque eles foram empréstimos de meu irmão que, em matéria de livro e leitura, está anos luz na minha frente.

Gostei do livro do Jô Soares. Simples. Numa escala de 1 a 10 daria para ele, antes das páginas finais do livro, nota 5. Mas o final me surpreendeu e daria agora 6, talvez até 6,5, pois aquele lance de associar as cordas do violino e as notas MI, SOL, LÁ, RÉ com o nome do assassino Miguel Solera de Lara Rezende, foi muito bem sacado.

Comecei logo em seguida o livro O Perfume, de Patrick Süskind. Já sei mais ou menos o que se passa nesse romance francês do século XVIII, pois assisti a versão cinematográfica, em 2006. A propósito, muito boa.

Pretendo ler ainda uns quatro livros até o final de 2014, e tenho alguns em mente como, por exemplo, O Exorcista, de Willian Peter Blatty, O Vampiro de Curitiba, de Dalton Trevisan, A Ilha do Tesouro, de R.L. Stevenson e dois pequenos romances de José Alencar Cinco Minutos e A Viuvinha que estão reunidos num mesmo livro da Série Bom Livro da Editora Ática.

De certo tenho somente que não comprarei mais nenhum livro enquanto estes que tenho não forem lidos, pois, afinal, do que vale ter tantas coisas reunidas numa estante e aproveitar tão pouco delas!