LÁ SE VÃO alguns anos
juntos! Eu e meu Fusca 77. Parece-me que chegou o momento de explicar ao mundo
os motivos que nos unem. Primeiramente considero que grande parte das coisas
boas que aconteceram até aqui não seriam possíveis se eu não tivesse um carro –
mesmo com todas as limitações um Fusca 77 ainda é um carro.
Ele foi um presente do meu
pai. Na ocasião fiz a proposta de comprá-lo e apresentei a quantia: dinheiro
vivo. Meu pai considerou que o carro não valia tudo aquilo e que seria melhor
eu usar aquele valor para arrumá-lo. Fiz isso. Gastei uma grana num serviço que
não saiu como tinha planejado. E quando sai como planejado?
Com o passar do tempo e quilômetros
rodados aprendi que alguns itens são fundamentais ter no porta-luvas de um
fusca como, por exemplo, cabo de acelerador e rotor. Aprendi isso porque fiquei
duas vezes na mão na Rua João Negrão: uma vez por causa do cabo de acelerador e
outra por causa do rotor. Nas duas vezes me saí bem embora já fossem mais de
23h.
Fiz quase toda minha
graduação indo com esse carro para a Universidade, além de levar várias vezes minha
esposa até a UFPR, pois na época cursava mestrado. Fui de escola em escola dar minhas aulas
e em reuniões nos diretórios para tratar questões políticas.
Certo é que esse Fusca 77 nos
ajudou e muito. Embora seu motor faça
bastante barulho minha filha gosta de dormir no carro.
Sempre que digo que tenho um
Fusca ouço: “Eu tive um Fusca, é um carrinho muito bom”. Depois eu fico
pensando: Porque as pessoas se desfazem das coisas se as consideram boas?
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