Norbert Elias foi um importante pesquisador alemão, professor na Universidade de Leicester, na Inglaterra. Sua produção sociológica foca a relação entre poder, comportamento, e conhecimento da história. Embora Elias tenha iniciado sua produção sociológica ainda nos anos de 1930, sua importância teórica foi reconhecida tardiamente nos anos de 1970. Da década de 1970 até sua morte em 2003 teve uma destacada atuação no meio acadêmico, sendo considerado um dos mais importantes sociólogos de todos os tempos.
No capítulo "Teoria da evolução social" analisamos a teoria da evolução na perspectiva de sua inevitabilidade, Elias, portanto, inicia sua análise destacando que os grandes autores que contribuíram para essa teoria foram Marx e Engels. Esses dois autores ao não interpretarem as revoluções como caóticas, mas como fundamentais no processo de evolução social se desvencilharam das interpretações positivistas que, sobretudo, interpretavam que as evoluções sociais se dariam somente por meio da ordem. Prossegue Elias em sua análise dando ênfase aos níveis de conflito dos quais decorrem as evoluções sociais. O primeiro é o nível de conflito que se estabelece dentro do Estado, chamado de revolução. O segundo nível é aquele estabelecido entre os estados, as chamadas guerras.
Para Elias esses dois conflitos são extremamente violentos, seja de forma simbólica ou material. Por exemplo, obviamente que revoluções ou guerras não são tempos de paz, portanto, muitas atrocidades são cometidas, contudo, guerras e revoluções não são somente “banhos de sangue”, pois, no plano simbólico, imaterial e ideológico as guerras e revoluções também são implacáveis no que diz respeito à violência. Um exemplo disso é a revolução cultural promovida pela Alemanha Nazista ao destruir toda a obra de arte produzida por artistas considerados bolcheviques.
Em suma, para Elias são por meios dos conflitos que se concentram os processos de evolução social.
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