quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ensaio sobre uma nova teoria do dinheiro

Apenas vou deixar algumas notas que suponho sejam interessantes para uma posterior reflexão dos leitores, visto que estou em sala de aula tratando sobre assuntos pertinentes a esse contexto e muito tenho debatido comigo mesmo e depois com aqueles que aturam conversas filosóficas.

Nessas conversas a questão que julgo interessante mencionar diz respeito ao dinheiro. Pertinente, também, pelas sucessivas propagandas de máquinas de cartão, tais como a Cielo, Redecard etc., as quais mencionam o ultrapassado uso do dinheiro em espécie.

Convém abordar três classes sociais que elucidam esse ensaio: Classe A, Classe C e Classe D.

Para a Classe A o dinheiro em espécie é, sim, uma coisa ultrapassada. O que essa classe concebe como dinheiro está no plano imaterial, ou seja, não é espécie, é um número X na conta bancária. Desse número X, dessa imaterialidade, se concebe a materialidade: é esse número e não o dinheiro que irá comprar carros, casas, pagar viagens etc., a especulação financeira é feita por essa classe. A Classe C, na maioria das vezes, trabalha apenas com a materialidade, ou seja, é o dinheiro em espécie que pagará o produto adquirido. O material adquire o material. Nota-se, porém, um avesso na Classe D, a qual transforma a materialidade em imaterialidade, contudo, essa imaterialidade, diferente da presente na Classe A, é idealizada, ou seja, seu baixo salário em dinheiro espécie não permite que esta adquira a materialidade. Dessa impossibilidade advém a idealização material: a idéia de ter assume um papel importante, o imaginário, o sonho de consumo. Igual as duas classes anteriormente tratadas, a Classe D, deseja, também, coisas que vão além das necessidades básicas do ser humano e que estejam dentro do padrão de ostentação da Classe A e nos planos da Classe C – atingidos pela publicidade e agentes do consumo.

Portanto, a princípio ficamos nesses termos:

A: imaterial – material
C: material – material
D: material - imaterial