quarta-feira, 12 de setembro de 2012

É POSSÍVEL FAZER DA AULA EXPOSITIVA ALGO ALÉM DAQUILO QUE REZA A CARTILHA TRADICIONAL?




Osima Lopes é graduada em Pedagogia e Filosofia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), e possui um mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente é professora na Faculdade Integral Diferencial. Tem experiência docente e técnica na área de Educação (educação básica e superior), atuando principalmente nos seguintes temas: didática, ensino superior, currículo, metodologia da pesquisa.

Esse capítulo produzido pela pesquisadora Osima Lopes extraído da obra Técnica de ensino: porque não? Discute as possibilidades de êxito didático ao usar um método tradicional: a aula expositiva. Segundo a autora a aula expositiva pode estimular o pensamento crítico do aluno, despertar a sua curiosidade manifesta por intervenções e perguntas e, assim, dar à aula uma dimensão dialógica. Contudo, essa experiência não deve ficar apenas na conversação, mas sim produzir um efeito no que diz respeito ao saber, fim último de todo processo de ensino-aprendizagem, ou seja, partir da informação, mas avançar para o conhecimento.

Ainda, segundo a autora, é possível caminhar da realidade dos alunos (concepções de mundo), para uma dimensão científica (teoria), fazendo com que os alunos reflitam suas próprias realidades. Para isso é fundamental que exista nesse processo a problematização de questões, situações, práticas etc. Desse modo, docente e discente tendem a desnaturalizar o contexto em que vivem e, assim, construir conhecimentos e novas possibilidades para o saber.

Por fim, a autora orienta que qualquer método, ou pressupostos de ensino, tem seus potenciais construtivos e limitações e, por isso, cabe ao docente usar esse método – a aula expositiva – como uma ferramenta libertadora e não, meramente, instrumento de repressão.

Referência Bibliográfica

LOPES. Osima. A aula expositiva: superando a tradicional. IN: VEIGA, Ilma A. (org) Técnicas de ensino: porque não? Campinas: Papirus, 1991 - p. 35 a 47

 

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